quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Uma Mileide.




à todas as Mileides






Eu sou uma Mileide, muito prazer. Só sei ser assim: “Mileideana”. Eu não entendo nada sobre o mundo e fico buscando, sempre. Uma busca incessante, que vai dar em... Eu não sei dizer.
Eu estudo letras, foi por acaso, qu’eu gostei disso. Caí lá na “Amado” e fui amando e tentando fazer bem feito. Tudo que fiz foi com carinho, dedicação, ação e o melhor de mim. Nada do que sei, ou ganhei ou busquei ou perdir, foi em vão. Se ganhei ou se perdi, aquele foi o meu máximo. Foi o que mereci e o que pude no momento, mas sempre posso mais um pouco. Eu forço, me esforço e consigo. Se dez ou zero, não importa. Se passei ou se perdi. Não importa. Eu fiz o melhor, eu dei o melhor, eu sorri o melhor, eu chorei o melhor, eu gritei o melhor eu escrevi o melhor de mim, mas nem sempre eu li o melhor dos outros. E isso é assim mesmo! E é com o melhor que estou aqui. Que cheguei aqui e com o pior também. Aqui eu me dei quase toda. E aqui estou. Disponível para agora e depois, ainda!
Eu fico desesperada e furiosa com certas coisas, mas eu enfrento sempre. Meu medo é o pior de mim, mas eu sigo em frente. Pernas tremendo, vergonha, frio na barriga, voz quase sumindo, mas, com o disfarce de mulher segura que sempre cola e, Olhos a diante, cabeça erguida. Direção? Meu foco. Vez por outra olho pro chão também, às vezes há moedas reluzentes e eu saio ganhando.
Eu nunca me esqueceria de dizer: SOU NEGRA! Eu nem nunca me envergonharia de gritar: SOU MESMO! Mentira, melhor ainda, eu diria: orgulhosamente o sou. Não negaria jamais em tempo algum. Não posso lhes dizer que sei ao certo o que isso significa, dignifica, amplifica e quais são todas as conseqüências, mas eu adoro meu estado permanente de nascença, meu modo, minha carne, meu jeito, meu tudo, meu espírito, meu orgulho, minha cultura, meu cabelo, meu corpo e meu fenótipo e minha inteligência. Minha pele toda preta. Eu adoro as descobertas que faço de mim mesma. Porque eu sou uma incógnita perfeita, verdadeira e quase... Indecifrável.
Eu me olho todos os dias e é sempre um olhar novo, e um Eu todo renovado. Eu vejo as diferenças do ontem e de agora. Eu não acho nada nem melhor nem pior, apenas diferenças e/ou mudanças. Meu espelho não mente e me diz da beleza que há e que não há em mim. Não sou “Narcizica”. Mas nasço e morro diante de um espelho. Ele me diz: siga em frete. Joga-te. Nada. E eu vou, obediente que sou. Por isso olho para ele (mim) todos os dias. Sou capaz de morrer todos os dias, só para pagar pra ver, isso sempre há de valer à pena, porque é um passo a mais, um posso a mais e um possuo a mais!
Minha liberdade é limitada, mas ultimamente tenho andado solta. Eu saio por aí toda corajosa. Eu digo coisas que nem imaginava poder. E olhem só: eu posso. Eu posso e possuo o inimaginável.
E eu posso quase tudo que eu quero. Só não posso ainda o que ainda não sei que quero, mas hei de querer e saber. “Querência” é meu estado pleno, eu vivo assim... Querendo.
E se quero, posso e possuo, então meus caros: Xeque-mate!
Eu me importo com o que os outros falam, sim eu me importo, principalmente certas pessoas. Não ousaria dizer que não dou à mínima. Minha consciência me acusaria depois, todos os dias, ela lateja. O que eles falam tem peso, medida e importância. Uns mais leves outros bem mais pesados, mas eu me importo sempre e muito, eu vivo dessa importância e com essa impotência, ela é minha fraqueza, minha franqueza mais leal. Se eu pudesse seria auto-suficiente. Mas eu sou é dependente! E pronto. Ponto.
Humana.
É demais e exageradamente que eu sei. Sou. Fui. Vou.
Caminhando e cantando e seguindo o caminhão, o caminho, a canção. Eu danço no ritmo, mas se quero, eu saio da estrada, eu perco o chão, me saio e sou feliz assim mesmo, só que sempre no limite. Se extravaso, isso também é limítrofe.
Eu tenho mania de amar as pessoas. Eu solto e mando beijos vermelhos, eu as abraço e gosto mais dos abraços apertados e bem encaixados. Eu gosto de carinho e delas (pessoas! Sempre muito humanas e imperfeitas)!
Eu falo muito, às vezes, mas noutras eu me calo. O silêncio em mim é vital. Há de ouvir o silêncio. Sua sabedoria é plena e universal, quem aprendeu isso, e sabe como usufruir dele, não esquece e aproveita! Shiu, silêncio, estou pensando, falando comigo mesma. E, Essa conversa é massa!
Eu aprendi a perder e a ficar triste, mas meu sorriso é mais forte e na dor eu ainda continuo aprendendo. Eu também aprendi a sorrir, isso seria inevitável. E meu espelho grita: vá em frente e eu vou. Já disse que lhe sou obediente. É que, há uma mulher no espelho. Ela me encoraja. Ela é bonita, charmosa e usa dourado (Janaina). Uma parte de mim que quase desconheço e mereço e respeito incondicionalmente. Uma espécie de Eu-Deusa que eu quero!
Morrer sempre foi um grande dilema porque eu nem nunca pedi para nascer. Nascer foi fatídico, quem me conhece sabe. Eu sei pouco disso e desse me passado pretérito, vale até a redundância. Mas nem sei se quero saber, só às vezes é que eu quero, na maioria, me esqueço. Só sei que nasci sozinha. É disso que me lembro. E a solidão me acompanhou desde então e desde então eu venho gastando ela, a solidão do funda da minha alma. Mas eu tenho bons amigos e eu os adoro e amo (sozinha?). Eu achei uma família e eu os adoro e amo (do meu jeito, sozinho de ser, ver, viver e encarar as coisas). Acho que eles não têm consciência de todo o meu amor. Mas amar grande/ muito e no escuro e escondido, sem ninguém saber, também é gostoso. É digno, apesar de Solitário. Mas a minha solidão de multidão, faz parte do meu show, meus amores, meus amores.
Eu tenho muitos desejos, mas não quero que ninguém se importe com isso, nem comigo, eu odeio incomodar desse jeito, só gosto de incomodar de outras formas, boas é claro. Isso é cultural, eu suponho!
Eu sempre faço suposições e indago sobre a vida dos outros e sobre mim ( eu não sei tudo de mim, graças a Deus!), apesar de achar esse meu interesse ridículo eu insisto. Porque insistência faz parte de mim, é meu constituinte. Eu quero saber o quê, com quem, onde e como ocorreu o que ocorreu! Eu quero saber tudo, absolutamente. É uma curiosidade misturada com uma falta de educação consciente que me persegue. Mas eu não mais ligo para isso. Aceitei meu estado de mal educada!

Eu não entendo nada sobre o Não e seu negativismo! Eu busquei qualquer coisa de lírico para minha vida. Eu ando encontrando, catando, rastejando, desejando, implorando, comendo, tomando, sugando e chupando vorazmente o lirismo para mim.
Eu acho a matemática de uma lógica que é só dela. Eu nunca entendi porque que dois mais dois tem de dar tão somente quatro. Tudo bem, que certas coisas têm de ser previamente estabelecidas, mas Caetano falou que talvez esta soma pudesse dar cinco. Eu acredito no Caetano. E têm mais, os matemáticos se acham tão lógicos... Que engraçado. Mas não se há aqui de negar que há beleza nisso e até lirismo! Por isso eu gosto da matemática, mas não me venham com logaritmos, nem baskaras, nem polinômios perfeitos. Eu sou das matrizes. Da matriz identidade(um, um, zero, zero, na diagonal) .
Escrever é minha cocaína. Minha droga forte. Meu alucinógeno. Eu fico alucinada. Eu vendo tudo da minha casa e saio para comprar um lápis, papel e uns minutos para a escrita. (como se isso tudo também fosse comercial). Eu paro tudo e vou cheirar a minha droga, a minha dependência.
Minha dependência é licita!E eu cheiro até o fim, não deixo raspas, sobras ou restos. Não divido. Não dou. São minutos de prazer exemplares. Indolores. Eu amo o que faço. E faço pornograficamente o que amo. Amo, sobretudo, quando faço pornograficamente o que amo. Eu dispo palavras, desnudo-as. É assim que elas nascem, nuas, viris e quentes. Eu me ajoelho diante delas em posição devota e a lascívia começa. Eu me dispo também, não seria justo. Depois de tudo exposto:
Cheiro de sexo e porra no ar!
Obs:. Nunca esqueçam: é umA Lady que faz sexo com palavras. Sobre tudo. Sobretudo um Lady. Depois de tudo me canso. Me esgoto. Sinto sono. Durmo agarrada nelas. Acordo. Quero mais. Até cansar novamente. Me exauri. Me esvaziar e morrer escrevendo.
Nós nos amamos e damos os frutos. (infrutecemos). Para uma mãe o filho é sempre belo. E nós o criamos para o mundo. Isso é medonho, cruel e pouco poético (ético), por que mãe sempre quer filhotes embaixo das saias... Elas não aceitam e não estão acostumadas com partidas (pra onde?), despedidas ou coisa que o valha!
Mas nossa relação é forte, intensa e liberta, além de libertina. Nós nos damos tchaus decisivos e cada um segue seu rumo. Rumo a qualquer rumo. Rumor! Mas estamos laçados. E lá recomeça tudo outra vez e novamente e de novo e sempre o ciclo continua- continuo!
A nossa batucada continua como na cadência de um samba inesgotável, inabalável, ritmado. E eu quero mais sexo com palavras. Este é o meu universo, meu verso. Meu uni-verso paralelo. Minha confiança e meu (inter) cambio com o mundo (in) mundo e comigo mesma. My self.
Essa é a minha manha, meu imã, minha manhã, tarde, noite ou mesmo: tarde da noite já amanhecente. É meu: outro dia!
Pego minha nova máscara. Minha nova roupagem. Olho meu espelho, a mulher fala comigo. Saio. Transo. Me invado. Paro para parir. E depois é aquela velha história: tchau meu querido filho. Meu poema derramado do dia. Minha lama. Minha fama. Os meu dias são sempre por ti.
Para sempre, sua Lady!

Chico, com um espírito feminino. Quase uma Lady, essa foi por pouco.
28.01.09

...


Nunca mais eu tive uma sombra.

A sombra de mim mesmo,
A sombra da parede,
A sombra de um coqueiro e aquela água fresca,
Ou mesmo,
A sombra de uma dúvida.
Eu perdi a capacidade de duvidar?
E Até de me “sombrear”?
Que absurdo foi me perder assim.
É tão grandioso ir se perdendo.
Perdemos-nos e nem nos damos conta.

Eu já estou num caminho que nem sei.
Será se dá para voltar?
Mas eu não sei voltar.
E agora?
Eu quero voltar?
E agora?
Agora é ir indo...
Ir vivendo.
Como se essa redundância de: ir indo até valesse a pena!

A minha pena foi muito pequena.

E eu tive coragem de me perder.
Só corajosos é que se perdem.

Ficar e se encontrar,
Deve ser de um outro tipo de coragem.

Mas ir perder-se...
Ir perder-se é diferente.

Chico, completamente perdido, graças a Deus!
26/01/2009

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Algo que saiu todo psicológico!

Todo psicológico como, descer ou subir escadas dentro de mim. Eu ando por detro de mim. Eu subo, eu desceço e vou andando...



















Em qualquer coisa há solidão! Para começar, é preciso saber: Dei-me por viver! Dei-me de verdade e por completo. Eu nem sei como isso se me deu. Solitário. Nunca sei como pude. Mas foi traumático como um estupro prostituído e consentido, não pago. Foi sem consciência que vim. Sem pensamento, sem corpo. Sem alma. Sem espírito. Sem critérios, nem matéria. Sem nada. Sem até mesmo, VERGONHA. Depois é que se vão adquirindo tais coisas, e foi um nascer sem consciência mesmo. É o tempo quem nos diz. É no vazio que se sabe. Esvazio-me para saber mais de mim. E não me consigo olhar de longe, só de perto, tenho essas doenças do olho, mas eu saio de mim e me olho, de PERTÍSSIMO. São tantos detalhes, grandes e pequenos. Nascer foi minha maior violência e meu maior protesto contra o nada. Nascer nunca foi delicado, sutil ou leve, nascer já é ir se doendo todo. É perigoso. Uma existência de instancia e urgência, eu tive: EU! Eu, Eu. Eu. Eu. Eu. Eu. Eu. É tanto de mim que eu me suportei, até. Doído e forte. Com maiores complicações. Compilações. Poderia me abstrair todo. E isso nunca seria TUDO. Os instantes são incompreensíveis para mim e qualquer coisa de URGÊNTE, URGENTÍSSIMO! Intocáveis, não saberia dizer o que é. Mas é! Cada coisa tem seu instante, não seria o instante o primeiro a não ter seu próprio instante, né verdade? Ele mesmo não se é, e não se compreende em si, em seu lugar. Compreenda-se instante meu. Para que eu viva tranqüilo mesmo sem entendimentos e tranqüilidades. É tão amplo “instanterar-se!”. Digam, que horas são? Assim poderei viver nesta hora. Não sou: O sistemático. Não sei viver assim. Vivo cada instante. Cada coisa em seu tempo. Não programo no instante de agora o instante seguinte. Viver assim é loucura. E os sistemáticos sempre se acham melhores e mais certos, céticos, precisos, preciosos, coerentes e... Cheios razão, com lógica. Não são. Não para mim. Para mim, viver é ir vivendo. Sem planos! Sem saber aonde se pisará. Pisar é sempre infalso, elegante e com medo, um quase mistério. Há de se cair de vez em quando. Dizem que se aprende. Não me deu de aprender. Eu sou desajeitado e ferido de tantas quedas, mas elegante é que caio. Há certa incoerência em existir, ou talvez, só no meu existir. Viver é sempre insosso e traz qualquer coisa de inseguro. Mesmo que se tenha algo vibrando dentro de si, como que adrenalina ou absoluta FELICIDADE. Posto não se saber bem o que é nem onde se parará essa vibração. Vez por outra é catastrófico. Mas eu nunca tive medo de ser feliz. Tenho medo e felicidade, tudo ao mesmo tempo e tenho também fé em alguma coisa que não sei definir, graças a Deus! A PROFICIÊNCIA foi algo que ainda não se me deu de me dar. Tal palavra me foi apresentada a instantes. Os instantes me perseguem, não sei se já perceberam. A palavra: PROFICIÊNCIA! Veio-me de presente e de frente e com muita surpresa e força. Eu ainda não a pude alcançar essa palavra. Preciso animalizar-me um pouco, eu sinto isso. Os animais, os tidos, irracionais, devem viver bem a PROFICIÊNCIA. Por serem inconscientes dela, sem soberba e orgulho, vivem-na com muito mais interesse e intensidade.Eu ACHO que vocês estão acontecendo comigo! Se eu escrevesse tudo que me vem à mente. Eu seria um ESCRITOR. Escritor de alma, corpo e razão, lavadas. Mas eu somente escrevo algumas coisas! Isso não é nem nunca foi o bastante. É só a metade do que não basta. Obsequiem-me em ler a metade do que os dedico aos Senhores e sem faltas, ok? Se possível for. É de sentimento que o faço. Eu sei que os Senhores sentem que falta algo. Mas é que... Este algo que me falta dizer e que fica preso por puro pudor é talvez, o que não deve ser dito, é, às vezes, o que me escapole e voa ou se afoga no milagre do meu não poder ir a diante. De eu não saber segurá-lo ou não saber lhe dar bem com ele. Essas faltas vêm vazias de si, como não-palavras. Não-instantes. Não-sentidos! Quem sou, para desafiá-las com dedo erguido e nariz empinado? Sou apenas alguém que acha Deus absurdo e calado demais. Por que não nos diz alguma coisa? Precisava do som da sua voz, isso dar-me-ia explicações do mundo, talvez, talvez até de mim (se eu não me sei.), isso sim me daria uma despreocupação com o por vir, mas não quero ser incoerente. Eu fico com os instantes mesmo, os de agora. Quem puder, segure em minhas mãos e venha comigo, migo, migo, migo. É tão seguro aqui. Mas não sei mais das minhas necessidades, se o que quero é que mais me escapole, extrapola. Perplexo a única coisa que me resta é dizer: estou com fome.




Chico, janeiro de 2009. Salvador, BA.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

HÁ VIDA LÁ FORA!"


Créditos de pintura da OBRA: Helenice Queiroz!

Para nós, que temos alguma intimidade... Lelê.


E "Há vida lá fora!"

Há tanta vida lá fora que, nós não calculamos, não é Lelê??

Sua janela é das mais belas minha querida Helenice, essa e tantas outras que você já pintou, mas é que essa... essa eu amo! Amo de coração aberto tal qual ela e com muita verdade, e amo assim... quebrada! É tão mais natural, sutil e real ser quebrado!
É cada lasca enfiada na vida e na existência da gente, são tantas coisas!

Dá vontade de pular a tua janela (Para dentro e para fora, toda hora!).
E ficar de pé nela, segurando na parte que está meio quebrada,
só para sentir este risco, de talvez... cair!
Dá vontade Olhar pela janela da Adélia...
Eu acho que ela adoraria ver a vida pela tua janela, isso daria um poema dela!
E vocês teriam uma única janela, das duas...
Tão cheia de Arte seria!

Tem mais...

Essa é uma janela de possíbilidades.
De vida,
dentro e fora e mesmo!
Nós nos encantamos com tanta vida!
Tem um Sol entrando ali, não é?
Ou será só o raio?
Não importa o importânte é que entra e entra profundo como o mar!
O raio entra no profundo do seco.
No profundo de mim,
E existir é tão, "inumano", porque, não sei, mas sempre sabemos que vamos ou que estamos morrendo, aos poucos.
Existir é mesmo quelquer coisa de misterioso,
Tua janela nos dá uma esperança diferente, Lelê.
Uma exitência de pulos.
É distinto viver pulando!

Dá para ver alguém fugindo por ela, saltando ela,
desesperado,
fugitivo,
quebrado,
cheio de amor no peito,
indo amar, talvez!


Ela deu passagem ao amor, não deu?
Eu tenho tanta certeza,
como se fora meu amor passado, saltndo-a saltitante!.
É a certeza de quem sentiu, sabe?

Eu também gosto das plantas lá fora.
De um mato bonito, bonito...
Mas eu gosto mais é da marca que o Sol faz sombra na parede.
É tão delicado,
quem pensaria nisso!?
Hã!? Quem?
Você!


ChicO, um poeta admirado de tanta belezura!

Ai, essa janela...

05/01/09









TEMPOS MODERNOS...


Um Texto que não quer acontecer,
Vejam só, até os textos se...

Qualquer coisa!


Até os textos têm suas próprias vontades, pois é!
Uma vida que anda. Com pernas longas e passos distantes.
Mas vamos lá, mesmo que ele não queira, eu quero. Eu quero que tudo aconteça. E aconteça aqui e agora. Ta legal, meu texto?
Tudo me É e parece de uma URGÊNCIA muito GRANDE. E um “Eu quero”quer escrever e EU vou.
e...
Eu não quero me ler.
Os anos sempre estão começando com uma violência impactante e estridente, fura nossas bundas com força e dói. Eu estou mais velho, mas ainda não fiz anos, ainda não é o tempo. Cada coisa no seu tempo.
Cada coisa acontece de tal forma que... Sei lá, sempre poderia ser bem diferente. Ou não. Mas é que as coisas são tão... Eu acho... Ah, deixa para lá o que eu acho. O que importa? Não é mesmo?
Eu bem que poderia falar das flores. São tantas ELAS... e seria bonito e... eu poderia falar de qualquer coisa. Eu poderia falar na Terceira pessoa. Eu acho tão sutil e interessante falar na terceira pessoa, mas é que eu me atrapalho um pouco com isso, ás vezes. Não sou um bom escritor, eu me atrapalho com tantas coisas, são tantas malemolências de minha parte. Eu sei que sou mole. Eu sei. Tá bom, tá bom, eu sei!
Mas,
Mesmo assim, eu gostaria de fazer uma denuncia em voz baixa: O espírito Natalino acabou. Nunca mais se fará uma oferta até que se chegue o próximo Natal. As crianças só podem rir de alegria, ao ganhar um brinquedo, no NataL. O Natal sim, é a época! Depois... É só ir vivendo aos “trampos”... E barrancos. (Quem foi mesmo que inventou de nascer no Natal? Cristo ou Papai Noel? Sei lá, tem horas que eu não sei, ou eu não me lembro. Quem é que aparece mais mesmo? Ah, tá, obrigado!) Por falar em barrancos: Todos querem salvar Santa Catarina da Miséria causada pelas enchentes, mas o Sertão Nordestino morre de fome e sede todos os dias (?) Bem, eu não me lembro.
Eu não me recordo mesmo, aliás, eu nem sei se me importo, aliás, eu não sei quão grade é nem o nome da nossa misericórdia. O que podemos fazer (?). Santa Catarina sim, tem seu valor. Valor de cidade, valor de lugar. Santa Catarina deve ser lembrada, ai de nós!
Lá no Sertão, todos têm de SER TÃO e não morrer de fome. E se Morrer, se auto-enterrar! Lá cada um tem de ser por si. O resto do País nunca será por eles. Quem nos dera essa coragem, ai, quem nos dera. Eu desejo que Santa Catarina SOBREVIVA, Sim, eu desejo, mas, é que o SERTÃO...
Eu acho que consegui falar na terceira pessoa com maestria, estou me superando, vejam só! Eu até me orgulho.
O texto reluta em sair, mas eu prefiro que ele saia logo a ficar aqui, assim, incomadante deste jeito.
Eu não queria falar de Santa Catarina, nem do SERTÃO, mas isso me veio...
É que nossos esforços para fazer VALER a vida me parecem PARCIAIS!
Tão parcial,
Inimaginavelmente PARCIAL e até cruel. Mas a escolha fora feita! A dignidade (?) é que ficou para trás!
Eu queria ser leve e falar com leveza, sabem do que eu gostaria de falar? De um burburinho, uma amiga minha, certa vez, ouviu um burburinho e, foi atrás dele, eu não sei se ela me viu, mas eu também ouvi e fui junto. Daí foi que eu parei em santa Catarina, afogada.
Que o espírito Natalino salve santa Catarina, mas que também salve o SERTÃO que morre e todos os outros lugares que morrem e que nossos olhos não podem ou não querem alcançar!
Ai de nós!


Chico,
05/01/09.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Outro Amor!

Diante de um precipício, o que são as pedras lá embaixo?
O amor te dá asas. Joga-te!
Diante da imensidão do mar! O que é se afogar?
O amor te dá fôlego. Mergulhas!
Incrível, o amor é uma coisa que não dá pra dizer, ele é!
Próprio! Dono! Autoritário! Ditador, Voraz!
Nem aparenta, não é mesmo? Pois é! Mas o é!
O amor é bonitinho, tem cara de bondade.
Não manda mandando, nunca vi igual, nunca manda recado. Diz na cara. De uma autoridade sincera e mansa. Quando se pensa que não, pronto!! Já foi feito! Parece que a gente faz por que quer, né? Não, grande engano. A lei do engano! É tudo culpa dele.
Ele impõe.
E você é o cordeirinho do amor!
Aceita sem perceber. Ignorante de amor, do amor e por amor,!!!
Seja feliz com isso meu caro! E, contente-se.
Contente-se de amor! Contente-se com o amor. Fique contente! Feliz mesmo.
É que o amor tem dessas coisas, essa coisa meio... Sei lá...
Ele manda. Você obedece!
Ele grita. Você ouve!
Ele canta. Você se arrepia!
Ele chuta. Você dá a bunda!
Ele bate. Você dá a cara!
Ele faz carinho. Você ri!
Ele faz sexo. Você goza! Ainda bem.
Você goza com tudo de amor, até com as maudadizinhas boas do dele.
O amor sexual é de coito. Não vale interrompê-lo. (coito interrompido é como rezar sem dizer: AMÉM! Invalido!!!!)
O amor é para isso.
O amor pára com isso. Amor é pra gozar de amor.
Se for pecaminoso, pervertido e, todas essas coisas infernais, quentes, fervilhantes e diabólicas... Ah! Aí sim, é melhor!!! É sempre melhor obedecer, viu??
Vai de encontro a tudo isso? Pra quê?
Vai por mim.
Aproveita, bobo!
“Esse amor nunca é para sempre”, tem prazo de validade.
Vai chegando à velhice, ele se aposenta. O salário diminui.
Aí, vem outro tipo de amor!
O que poderá vir é bem mais manso! Bem mais calmo. Mas não deixa de ser bom! Vá lá.
É marola, maresia, Afinal, “depois da tempestade vem sempre à calmaria”.
É o que dizem.
Agora, eu sendo você provava o contrário.
Provava por A+B.
Experimenta! Experimenta! Experimenta!
Aproveitava enquanto novo e depois de “velho”! Comeria até o osso! Só de sacanagem! Só na sacanagem!!
Faça sexo aos 69!
Goze, faça gozarem e seja gozante! A experiência conta muito nessas horinhas de “descuido”.
Entrega-te.
Delira. Dê lira! Faça com que dê em lírica.
Pinta-o de azul, o poeta disse que o amor é azulzinho! E disse ainda que isso é bom! O melhor é morar nele, no azul, no amor azul!
Porém, não dê na telha. Se descobrem... hum! Podem maldizer de você!
Mas, o amor “antigo” também é para isso!
PARAÍSO!
Renova-o. Podes. Sabes que podes.
Nada de reumatismos ou crochês!
Dá outra cara ao amor!
Ao outro amor!
Dá!
ChicO,
(Gritando de amor aos 69 e sofrendo um bocadinho, porém, faz parte! Só que rio em maior proporção! E, “gozo”. Sempre!).
08/08/07