EMPOEMAMENTO

Poeta é um ente que lambe as palavras e depois se alucina. Manoel de Barros!



segunda-feira, 11 de abril de 2011

"Achei você no meu Jardim!"

Postado por Empoemamento às 16:00
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Um comentário:

Empoemamento disse...

Para o meu Amor Sorrir!

18 de abril de 2011 às 16:52

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Quem sou eu ?

Empoemamento
eu nasci. sim, fui eu quem nasceu como que morre. posto que viver é estar sempre morrendo. cada pôr-do-sol é um ganho e uma perda ao mesmo tempo. Quê que eu faço?
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Quem sou eu:

Quem sou eu:
eu nasci. sim, fui eu quem nasceu como que morre. posto que viver é estar sempre morrendo. cada pôr-do-sol é um ganho e uma perda ao mesmo tempo. Quê que eu faço? ChicO, Desenhado por: Helenice Queiroz!

Da amiga de Rivero: Agnes Mariano

"...já entendemos que viver é isso: soltar sem pára-quedas e cair de pé, né?"
Ok! Lá vamos nós...

Shiiiiiu, ouçam a música...

"E os que foram vistos dançando foram julgados insanos pelos que não conseguiam ouvir a música."

Friedrich Nietzsche


"Que a minha loucura seja perdoada,
Porque metade de mim é AMOR
e a outra metade, também..."

Oswaldo Montenegro
"Tudo é uma questão de manter a mente quieta. A espinha ereta e o coração tranquilo". É, Walter Franco, uma verdade difícil de executar, mas a gente tenta...



Bom Dia!

Bom Dia!

Bom Dia

Os pássaros cantam.

é bom amanhecer!



Gabi Grisi - Poeta coisa linda que Deus deu!

"Ela une todas as coisas..."

Ela une versos e versos...

P.S: Como diria Bethânia: "Quando tem liberdade, eu fico feliz!"



Nós também. É assim que nos sentimos ao ler a beleza da simplicidade: livres e até cantarolantes.

Encantados, é melhor dizer: encantados!





à Mileide...

Lady, sim, Lady em todos os detalhes.
Pequeno anjo de grandes pensamentos,
de palavras rubras e fraseadas,
de pensamentos soturnos e sonhadores.
Lady, Lady, Mileide.
Sorrisos, olhares, vestidos.
Carinhos, caminhos, destinos.
Mistério, amor e cílios.
Profana mulher santa,
de curvas, de medos, de idéias.
Sim, Lady, Lady, Mileide.
Menina mulher refinada,
de calor ou sentimento.
Os dois.
Ele também.
Ela também.

Chic'ela.

Polissemica, ambígua, plurissignificativa,
mulher feita de verso e prosa e empoemamento.
Sim, Lady, Lady, Lady...Mileide.
A ti amiga querida.

Poetíssima.
26.03.2009


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Nossa Truculência!!!

Nossa Truculência!!!

Nossa truculência

Quando penso na alegria voraz com que comemos galinha ao molho pardo,dou-me conta de nossa truculência. Eu, que seria incapaz de matar uma galinha, tanto gosto delas vivas mexendo o pescoço feio e procurando minhocas. Deveríamos não comê-las e ao seu sangue? Nunca.
Nós somos canibais, é preciso não esquecer. E respeitar a violência que temos. E, quem sabe, não comêssemos a galinha ao molho pardo, comeríamos gente com seu sangue.
Minha falta de coragem de matar uma galinhae no e ntanto comê-la morta me confunde, espanta-me, mas aceito. A nossa vida é truculenta: nasce-se com sanguee com sangue corta-se a união que é o cordão umbilical.
E quantos morrem com sangue. É preciso acreditar no sangue como parte de nossa vida. A truculência É amor também.

Clarice Lispector

Lelê Queiroz!

Lelê Queiroz!
Essa é a Artista que nos traduz tanto!

Para a Amiga Helenice!

Lelê,



Você é Artísta.



Se pintado ou desenhado, não importa tanto, são apenas "termos". Tomara que um dia pinte sobre uma tela, ficará bonito. Nós confiamos, acredite também! E... Tente. Nos presentei.

E para nós, você é Pintora e Desenhista!

Explicação para quem não entender isso aqui:

Eu escrevi assim:



PINTADO por: Helenice Queiroz!



E ela disse para mim: "Troque a palavra "pintado" por "desenhado". Ah!! quizera eu estar pintando sobre telas...é apenas um desenho...buaaaaa"

Isso não é "apenas" um desenho, é a ARTE de que nós gostamos!

Mi e ChicO!

A lesma FODE a pedra!

A lesma FODE a pedra!
Em passar sua vagínula sobre as pobres coisas do chão,
a lesma deixa risquinhos líquidos...
A lesma influi muito em meu desejo de gosmar sobre as palavras.
Neste coito com letras!
Na áspera secura de uma pedra a lesma esfrega-se.
Na avidez de deserto que é a vida de uma pedra a lesma escorre. . .
Ela fode a pedra.
Ela precisa desse deserto para viver.



Manoel de Barros,
como explicar? rsrs, Fantástico!

Manoel de Barros!

Manoel de Barros!

Clarice, a nossa querida Lispector!

Clarice, a nossa querida Lispector!
Quais mistérios tem Clarice?
" Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros."

Adélia, linda, linda, linda, linda Prado!

Adélia, linda, linda, linda, linda Prado!
Como eu gosto desse sorriso, desses cabelos, dessa leveza, dessa tua Poesia!

SEDUÇÃO ! !

A poesia me pega com sua roda dentada,
me força a escutar imóvel o seu discurso esdrúxulo.
Me abraça detrás do muro,
levanta a saia pra eu ver, amorosa e doida.
Acontece a má coisa, eu lhe digo,
também sou filho de Deus, me deixa desesperar.
Ela responde passando a língua quente em meu pescoço,
fala pau pra me acalmar,
fala pedra, geometria,
se descuida e fica meiga, aproveito pra me safar.
Eu corro ela corre mais, eu grito ela grita mais,
sete demônios mais forte.
Me pega a ponta do pé
e vem até na cabeça, fazendo sulcos profundos.
É de ferro a roda dentada dela.

Oxente Adélia, assim você acaba comigo!

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Paraíba Poetisa!

Paraíba Poetisa!
Babz Grisi é o nome dela!

Talvez eu faça um poema de amor.

Eu não sei ao certo o que dizer
Talvez palavras rimadas,versos brancos
Talvez eu escreva em letras garrafais nos out-doors:
AMORES SERÃO SEMPRE AMAVÉIS
ou então gritarei num megafone:
PRECISO DE VOCÊ!
Talvez eu coloque uma nota no jornal
clamando por seu amor,
ou talvez só farei versos e poemas
na calada da noite
para que nunca saberás
que um dia te amei de verdade.

Gabz Grisi

Minha Poeta da Paraíba!

Ainda tem gente que fala de Amor, apesar de tudo...

Apesar dos pesares,

Graças a Deus.

Amém por isso!

Para Cileninha!

Para Cileninha!
"É difícil aprisionar quem tem Asas!"

Bons Sites

  • http://www.claricelispector.com.br/

Patativa

Patativa
Meu Poeta!

SAUDADE

Saudade dentro do peito
É qual fogo de monturo
Por fora tudo perfeito,
Por dentro fazendo furo.

Há dor que mata a pessoa
Sem dó e sem piedade,
Porém não há dor que doa
Como a dor de uma saudade.

Saudade é um aperreio
Pra quem na vida gozou,
É um grande saco cheio
Daquilo que já passou.

Saudade é canto magoado
No coração de quem sente
É como a voz do passado
Ecoando no presente.

A saudade é jardineira
Que planta em peito qualquer
Quando ela planta cegueira
No coração da mulher,

Fica tal qual a frieira
Quanto mais coça mais quer.


Patativa do Assaré
(Antônio Gonçalves da Silva)


Obrigado (a) por toda sua Poesia, coerência, rima, delicadeza, bom senso e sabedoria.

Na Pós-Modernidade!

Nossa Nova-Jovem-Poesia NEGRA!

Elque a Poeta da Estação, quelquer que seja ela!

Elque a Poeta da Estação, quelquer que seja ela!
"Preto bonito é Pleonasmo!"

Sou um Rio

Sou Rio antigo, de águas sublevadas,
Por onde não se pode navegar.
Sou caminho difícil, águas inexploradas.
Meu curso não há quem possa domar.
Aos aventureiros,

afastem-se,

fiquem nas orlas,
Porque eu só respeito meu curso e meu destino. O MAR.
Abundante, espessa e destemperada sou toda correnteza.
De minhas águas, terá apenas perdas, dor e braveza.
Se tu, aventureiro, não quiser se afastar de mim.
Assina um acordo tácito comigo e, a tu cabes,
Navegar-me, desbravar-me, conhecer-me...
Mas, nunca tente me domar, pois a mim cabe:
Envolvê-lo desejá-lo e, talvez, afogá-lo.
Quero de ti, aventureiro, mais do queres de mim.
Tortuosamente, anseio de ti, Sua coragem, sua beleza.
O seu talento de navegante.
Levará o que queres,
Se me der o mais profundo desejo.
Há que ter respeito e temor, Senhor Marítimo.
Mas antes e maior que tudo há que se ter AMOR.
(Assumindo e amando Oxum)

Ana Fátima

Ana Fátima
Onde a água pede licença para seguir seu rumo!

A cor da Terra

Minha cor
Doce cor
Negra cor.
Sou da cor da terra
Mas dizem que a terra não tem cor.
Se terra não fosse terra
Seria cor
E nela caberia meu nome,
Minha pele, nosso povo
E o pouco de cor que eu tivesse
Seria maior que a terra.
Não suportaria ver minha cor
Caída sobre a terra
Mas me sinto sob a terra
Quando pisam minha cor.

Lady Santos

Lady Santos
"Não me prendo a nada que me defina. Sou companhia, mas posso ser solidão. Tranquilidade e inconstância. Pedra e coração. Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono! Música alta e silêncio. Serei o que você quiser, mas só quando eu quiser. Não me limito, não sou cruel comigo! Serei sempre apego pelo que vale a pena e desapego pelo que não quer valer…"“Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... Ou toca, ou não toca." Ela diz muito de mim... C.L

Genialmente: Leminski!

en la lucha de clases
todas las armas son buenas
piedras
moches
poemas

Ele, ele, ele, ele, ele mesmo!

Ele, ele, ele, ele, ele mesmo!
...vai vir o dia quando tudo que eu diga seja poesia!

Overdose de: Paulo Leminski

quando eu tiver setenta anos
então vai acabar esta minha adolescência
vou largar da vida louca
e terminar minha livre docência
vou fazer o que meu pai quer
começar a vida com passo perfeito
vou fazer o que minha mãe deseja
aproveitar as oportunidades
de virar um pilar da sociedade
e terminar meu curso de direito
então ver tudo em sã consciência

quando acabar esta adolescência


**************************
LÁPIDE 1
epitáfio para o corpo
Aqui jaz um grande poeta.
Nada deixou escrito.
Este silêncio, acredito
são suas obras completas.

*************************
já me matei faz muito tempo
me matei quando o tempo era escasso
e o que havia entre o tempo e o espaço
era o de sempre

nunca mesmo o sempre passo
morrer faz bem à vista e ao baço
melhora o ritmo do pulso e clareia a alma
morrer de vez em quando
é a única coisa que me acalma

*************************
Eu quando olho nos olhos
sei quando uma pessoa
está por dentro
ou está por fora
quem está por fora
não segura
um olhar que demora
de dentro de meu centro
este poema me olha
************************
PROFISSÃO DE FEBRE
quando chove,
eu chovo,
faz sol,
eu faço,
de noite,
anoiteço,
tem deus,
eu rezo,
não tem,
esqueço,
Chove de novo,
de novo, chovo,
assobio no vento,
daqui me vejo,
lá vou eu,
gesto no movimento

************************
ERRA UMA VEZ
Nunca cometo o mesmo erro duas vezes
Já cometo duas três quatro cinco seis
Até esse erro aprender
que só o erro tem vez.

************************
sossegue coração
ainda não é agora
a confusão prossegue
sonhos afora
calma calma logo mais a gente goza
perto do osso a carne é mais gostosa
você está tão longe
que às vezes penso que nem existo
nem fale em amor que amor é isto


Sobre a Escrita...

Clarice Lispector

Meu Deus do céu, não tenho nada a dizer. O som de minha máquina é macio.Que é que eu posso escrever? Como recomeçar a anotar frases? A palavra é o meu meio de comunicação. Eu só poderia amá-la. Eu jogo com elas como se lançam dados: acaso e fatalidade. A palavra é tão forte que atravessa a barreira do som. Cada palavra é uma idéia. Cada palavra materializa o espírito. Quanto mais palavras eu conheço, mais sou capaz de pensar o meu sentimento.Devemos modelar nossas palavras até se tornarem o mais fino invólucro dos nossos pensamentos. Sempre achei que o traço de um escultor é identificável por um extrema simplicidade de linhas. Todas as palavras que digo - é por esconderem outras palavras.Qual é mesmo a palavra secreta? Não sei é porque a ouso? Não sei porque não ouso dizê-la? Sinto que existe uma palavra, talvez unicamente uma, que não pode e não deve ser pronunciada. Parece-me que todo o resto não é proibido. Mas acontece que eu quero é exatamente me unir a essa palavra proibida. Ou será? Se eu encontrar essa palavra, só a direi em boca fechada, para mim mesma, senão corro o risco de virar alma perdida por toda a eternidade. Os que inventaram o Velho Testamento sabiam que existia uma fruta proibida. As palavras é que me impedem de dizer a verdade.Simplesmente não há palavras.O que não sei dizer é mais importante do que o que eu digo. Acho que o som da música é imprescindível para o ser humano e que o uso da palavra falada e escrita são como a música, duas coisas das mais altas que nos elevam do reino dos macacos, do reino animal, e mineral e vegetal também. Sim, mas é a sorte às vezes.Sempre quis atingir através da palavra alguma coisa que fosse ao mesmo tempo sem moeda e que fosse e transmitisse tranqüilidade ou simplesmente a verdade mais profunda existente no ser humano e nas coisas. Cada vez mais eu escrevo com menos palavras. Meu livro melhor acontecerá quando eu de todo não escrever. Eu tenho uma falta de assunto essencial. Todo homem tem sina obscura de pensamento que pode ser o de um crepúsculo e pode ser uma aurora.Simplesmente as palavras do homem.
Texto extraído do site "Sobrado".

Tema Viagem. Tecnologia do Blogger.

Poeta Linda!

Poeta Linda!
Ela diz que é Poetinha Feia, mas é uma GRAÇA!

Eu quero escrever

Uma folha em branco é algo tentador para quem insiste em escrever mesmo sem saber para quê escreve ou por que escreve. Eu aqui sentada parada, patética, pensativa, penso que posso escrever tudo o que eu quiser e até o que eu não quero eu posso escrever. Milhões de idéias surgem ao mesmo tempo em minha cabeça. Meu lápis com a ponta mal feita não consegue acompanhar o ritmo das minhas idéias. Elas vão e vêm num entre e sai que me deixa louca e extremamente excitada. Posso escrever sobre o meu amor mais que platônico por Clarice Lispector, mas do que adiantaria ela me deixou antes mesmo de eu vir ao mundo e dizê-la o quanto eu a amava. Então escrevo sobre o meu amor, o meu amor que sinto lindo, verdadeiro e forte e que me deixa chateada todas as manhãs, porque nunca acorda cedo. Posso escrever uma poesia para meu amor, mas agora o que quero é escrever agora eu ainda não sei. Quero muito escrever sobre os calos que tenho nos dedos de tanto escrever, mas o que eu mais quero é ter realmente esses calos, senti-los doer bem forte e não tomar remédio para aliviar a dor, porque o que importa mesmo são os sentimentos. Eu gostaria de escrever bastante com os meus calos, gostaria de senti-los sangrar bem forte e manchar todo o papel com o meu sangue e minhas letras. Escrever revoltada com a dor, tão revoltada quanto Rodrigo S.M. e sua dor dente, eu sentir aquela dor dente dele em mim. Eu quis acabar com Macabéa o mais rápido possível para acabar também com a minha dor. Eu quero descrever como eu sinto o mundo, como me sinto diante dele e o que é que estou fazendo aqui. Quero escrever sobre a viagem deles a França e como foi lindo vê-los casando. Eu quero escrever sobre o meu Amorzinho e o quanto é importante vê-lo crescendo e ainda não multiplicando. Eu quero escrever sobre os maiores amores do mundo e o quanto eles são importantes em nossa vida. Eu quero escrever sobre meus irmãos o quanto somos diferentes e o quanto isso é importante para nós sermos irmãos. Eu quero escrever sobre tudo que aprendi na Faculdade o quanto àquelas aulas chatas são importantes depois que passamos por elas, na hora estamos tão envolvidos que não percebemos nada. Eu quero escrever sobre todos aqueles que conheci, mas são tantas pessoas. Eu quero escrever sobre o avião que não chega na hora certa, eu quero escrever sobre Vinicius de Moraes e o quanto eu aprendi com suas poesias e seus sonetos, eu quero dizer que amo Fernando Pessoa, eu quero dizer que chorei quando descobri que Florbela Espanca já tinha morrido, eu quero escrever sobre o medo que sentir quando soube que Ana C. suicidou-se no dia do meu aniversário, mas que eu procurei entendê-la, eu quero escrever sobre o choro que engoli quando Cássia Eller morreu, eu quero escrever sobre a alegria que me toma quando ouço Zélia Duncan, eu quero escrever sobre Carlinhos Brown e o quanto ele me deixa feliz quando canta “Samba da Bahia, Samba da Bahia, Ê Maria Nega Tetê”. Eu quero escrever o quanto sou feliz por ter nascido na Bahia de Caetano Velloso, de Gilberto Gil, de João Gilberto, de Ruy Barbosa e de Daniela Mercury. Eu quero escrever sobre o quase, eu quero escrever sobre o talvez, eu quero contar as minhas dúvidas, eu quero escrever sobre o sentimento que me toma quando escrevo, o quanto me sinto viva e importante com o lápis na mão, eu quero dizer que sou feliz, eu quero escrever algo que ainda não disse, eu quero escrever sobre tantas coisas, mas a ponta do meu lápis quebrou.



********************************


Já eu, Poeta, gostaria de escrever em cor de ROSA o quão difícil é para mim escolher um texto-todo-poético teu para homenageá-la. É tudo tão lindo... (infinitamente), se eu colocasse tudo o que gostaria, o blog seria mais seu do que meu. Eu queria colocar o burburinho, eu queria colocar que vc quis ser Macabéia, eu queira colocar os textos em que você fala tão lindamente a Sayô, eu gostaria de escrever assim, bem bonito para ela, mas eu não sei, então, faço minhas suas palavras, ok? Eu queria escrever que você é linda e é poeta e... é impossível não amar você!

Eu gostaria de dizer que adoro a palavra infrutecências, posto ter sido você quem me ensinou! Gostaria de escrever ainda, que nosso AMOR POR CLARICE É MUTUO e que graças a ela, trocamos nossas primeiras palavras, eu me lembro disso com carinho.

como não posso colocar tudo, indico seu blog!


ChicO!