sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Garoto chinês apaixonado.



Como diria, belamente, Tom Zé: "quero te dizer que a felicidade vai, desabar sobre os homens, vai, desabar sobre os homens, vai, desabar sobre os homens... Na hora ninguém escapa, Debaixo da cama, ninguém se esconde, A felicidade vai desabar sobre os homens..."

E isso, meu amigo, isso é O Amor,



O amor é lindo e sensível em qualquer lugar do mundo!
É lindo para: Chinês, Japonês, Angolano, Brasileiro, Italiano...
De qualquer modo,
Em qualquer idade ou,
Circunstância.


O Amor é para sofrer,
Para se surpreender.
Para ser FELIZ!


O Amor é ação.
É verbo.
Verbo transitivo.
Verbo transitivo direto.
Verbo transitivo indireto.
Verbo transitivo direto e indireto ao mesmo tempo!
O amor pede objeto.
Com ou sem preposições.
“Objeto de amar”, como diria Adélia!


O Amor é substantivo também,
No sentido em que o pomos:


O Amor.
Com Artigo definindo...


Ah, o Amor.

O Amor é gerundio.
Presente continuo...


O Amor também é adjetivo, ele qualifica nossa vida.
Ele completa,
Complemento nominal.


O Amor, o amor, o Amor...
O Amor é o pronome: pronome pessoal do caso reto.
E o “reto” vem em nossa direção.


O amor também pode ser pronome do caso obliquo e qualquer coisa.


O Amor é semântico.
Plurissignificativo...
O amor é tanta coisa...
Que eu poderia "rodar" a gramática inteira!


O modo como “Ele” a pega pelo braço...

E a carinha que ele faz...
O amor é adjunto. O amor quer-se junto.



Isso é o amor.
O amor são eles dois!
E eu sou um eterno aprendiz!

Veja o vídeo.


ChicO, “Eu fico com a pureza na resposta das crianças, é a vida, é bonita, é bonita e é BONITA... Viver, e não ter a vergonha de ser feliz!”


27/08/2010
 
Hoje é um ótimo dia para ver, e fazer "o Amor".

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Salvador, 20/08 às 01:11 da manhã!

Benzinho,

Ligeiramente marginal, meu sentimento é daqueles que só se mostra às avessas, o avesso de mim é o meu sentimento e ele não melhora quem sou eu. Ele às vezes até me piora. Isso parece grosseiro e fatídico? Ando meio sem esperanças. Tudo que faço resulta inútil e sem vida. Parece que não tenho futuro e me sinto um pouco fraco, sem ter o que fazer para mudar de realidade. Ninguém me escreve cartas ou mensagens, nunca mais me escreveram. Nem isso ando merecendo. Parece que estou de castigo. No canto do mundo. Quero insistir na revelação, ainda marginal, ok? Não te amo porque quero. Isso é o meu avesso. Nem o melhor nem o pior de mim, mas ando querendo te expurgar, quem sabe não é isso que me pesa a alma? O desencanto de esperar uma resposta tua... Estás com preguiça. Não seja preguiçosa, assim me desanima mais ainda. Manda-me notícias. Que decepção. Não me frustre tanto. Posto que desiludido já sou por natureza. Toca na minha mão mesmo à distância, tal atitude me consolaria e eu ficaria menos inseguro de viver. Mesmo que não queira tocar-me. Faça-me este favor. Sou um pobre a pedir esmolas, não me negue. Sinto tanto tua falta. Mesmo que nem fosse correspondido. Fico fugindo do meu sentimento. Outro dia recebi uma foto tua, aliás, várias. Paguei por todas elas, cada uma. Só para ter o gosto de olhar para tua cara. São todas fotos parecidas umas com as outras, mas cada detalhe teu me emociona e quero olhar para todas de vez, como se fosse possível te ter por completo. Sei bem que aqui, nas fotos, só está o fragmento e um pouco daquele momento em que se dispôs a me abraçar. Mas aquilo me bastou no momento. È bonito olhar para você.
Porque não me lança um olhar; nem que seja de desprezo? Ando aceitando tudo.
Sabe, Estou com saudades. Deveria ser proibido abandonar as pessoas que tem algum afeto por nós. Você deveria ser presa.
Meu amor tem um jeito manso, que é teu, mas ando tão tristonho que beiro a brutalidade, não me leve a mal. Sou mal amado. E você sabe o porquê.
Aliás, se não quiser, não mande nada. Fique ai, você e tua preguiça. Sempre fui tão abandonado mesmo. Não pense que estou lamentando, não é isso, é direito seu não me querer, mas é direito meu sentir dor por isso. Deixe meu desabafo e nem se importe, as dores sempre passam.
Me deu saudade de ler um bom livro, sem grandes compromissos e sem ter de provar a ninguém que entendi. Queria ler pra mim. Não sei por que estou te dizendo isso. Eu te confesso cada coisa... É que confio em você!
Bom, acho que já falei muita bobagem e te cansei, não é?
Mande lembranças a todos. Diga que estou com saudades e mando beijos. Peça para as pessoas não me abandonarem. Sou amargurado, mas mereço alguma consideração. Vocês não me escrevem porque não sabem meu endereço? Olhem o remetente.

Fico no aguardo e ansioso. Sei que vai demorar de vir a resposta, mas eu espero...
O que mais eu posso fazer? Implorar mais...
Tudo bem, te mando outra carta antes de me responderes a esta.
Beijos e sejas feliz.

Uma flor de alegria me invadiu depois que escrevi isso. Não dê bolas a minha sinceridade, nem se magoe com nada. Sabes que sou um animal sentimental e solitário.

ChicO, amanhã será bem melhor!







Prometo.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Divagações, não reparem...

Explodi.


Eclodi.
Achei-me.
No meio de uma rua.
As frestas que, antes, eu achava que havia só em mim, estão em todo canto, estão por aí.
Ali. Olha pra’li. Olha pra isso. Frestou-se tudo!
“Vi ontem um bicho, na imundice do pátio” e vi pela fresta que havia no caminho, curioso que sou! Olheiro
Ah, Bandeira, despertaste em mim o olhar que eu não queria (?) Esperava (?) Sentia...
Ah, quanta falta do que fazer.
Quanta pedra em meu caminho. Pedra doirada!
Tanta falta do que dizer.
Tanta poesia perdida.
Tanto olho me olhando pela fechadura.
E nós estávamos trancados,
Era tudo um grande segredo, mas os bisbilhoteiros não compreendiam a arte do respeito e do direito de não sermos incomodados.
Desegredou-nos!
Antes eu era só afeto, agora sou afeto e afetado.
São tantos olhos, olhares e marcas, amarguras e etc...
Mas antes também já havia marcas e amarguras, muitas! Açoites e tudo mais.
Como dói ser simplesmente afetivo, carinhoso e sincero.
O mundo nos clama uma revolta e eu insisto no carinho elegante e respeitoso, tão possível se quiséssemos.
Como findar um poema?
Bem, com o infindável e inefável modo de ser e viver dos humanos:
Amor, ódio e bisbilhotices nos compõem para muito além das línguas felinas que nos tangem, como se galinhas fossemos, para um canto que não é nosso. A sorte é que somos espaços e pouco inteligentes para tangirmo-nos.
Ficamos aqui, nós e o sentimento humano.
O que nos resta é fazer poesia. Que esta sim, não nos trai.






ChicO, lançando olhares pelo mundo, e vivenciando o avesso da poesia dele.