Xingamentos e Putarias Poéticas, existem?
Poetices à parte, eu gosto tanto de Poetas. De tantas porras que eles nos ejaculam na cara. Eu só não os conheço bem, é cada coisa. Mas, eles sabem de sexo. São tão sensuais, sexuais. Eles podem falar de pedras, e, simplesmente, sexualizá-las, erotizá-las, transformá-las em plumas levíssimas ou pesadíssimas. Tanto faz.
Bem que eu gostaria de MELHOR conhecê-los MELHOR.
Se se me desse: uma noite, um quarto, uma cama e...
Ah, deixa pra lá.
É melhor falar?
Tá bom, eu FALO!
Me desvirginaria disso. Meu Falo a furaria. Borras no chão. A poesia sangrou!
Eu sou de umas loucuras insanas, eu gostaria de ser Poeta. POETA! POETA. POETA. POETA. POETA. Assim, Duro, como convêm. Nu e cru e com as mãos no bolso. Em primeira Pessoa apresentado. Ou mole, que seria tão conviniente quanto. Porque isso é em qualquer que seja a circunstância.
Não me canso de absurdos e abusos. Sou um apaixonado deles...
Fazer poetagens (poetagens = poesia com sacanagem!). Escrever Poetices (Poetices = Poesia com Maluquices). Eu faria com prazer... Baixarias poéticas. Encontros e mais encontros, baixos, chulos, mas, a cima de tudo, cheios, transbordando de poesia, loucura e devassidão cheirosa.
Pertencer à tribo dos Poéteis*. (Poéteis* - o mesmo que: pertencente à espécie dos Poetas, doidivanas. POETeiros.) Deve ser uma delícia absurda.
Ser Poeta seria a minha melhor catarse, eu me cataria todo, tudo junto, juntinho, justinho. Eu adoraria entregar-me todo ao ato de escrever. “Escrever é um ato*”. Eu adoraria sentir tudo que escrevesse, como uma avalanche que desce a montanha mais alta a baixo levando tudo diante de si. Matando, morrendo, vivendo e fudendo a beleza. Dando vida e belezidade às misérias.
Se sou POETA, grito! Mesmo escrevendo em silêncio. Isso é segredo exposto. Eu me calo. Me entupo. Me abro. Me como. Me coma. Me estupro. Me caio. Me ralo. Me quebro. Me dôo. Me dou. Me sou. Me feliz. Me digo, Me coisas. Me coisas... Me tantas coisas... Me saio. Me fujo. Me encaro. Me olho. Me não vejo. Me vejo. Eu vivo sonhando. Me sonho. Meu último sonho foi ser dois. Em uma faceta, era grave como um Deus. Em outra, era Homem. Humano, d-e-m-a-s-i-a-d-a-m-e-n-t-e HUMANO e menino, talvez... e talvez um competente entusiasta como se Poeta pudesse.
Me sofro. Me alegro. Me jogo. Me medo. Me corajoso. Me ensaio. Me digo. Me entrego. Me choro. Me imploro. Me canto. Me conto. Me encontro. Me cruel. Me sou fatídico!
Assim tive coragem. Mesmo com medo. Tremendo Medo. Me fui. Me sou. Me vou. Me continuo indo. Já posso voar. Sem asas. O penhasco foi o meu desafio. Aprendi ali. E escrevi tudo.
Quando dei por mim. Virei ave. Fui morar em Shangri-lá que fica nas proximidades da Passárgada dele**!
Pronto.
Sou Poeta!
Só me enterro em meu Sonho!
E com esse nome.
Qual nome?
Poeta.
Foi isso que eu inventei...
Ser Poeta com todas as suas conseqüências: esculturado e esculpido ou cagado e cuspido Poeta.
Cagando e andando para o mundo e me importado com ele.
Carregando todos os seus penduricalhos, glossários, caralhos, retalhos, rolários, picários, putários bucetários.
papéis, lápis, borrachas, canetas vermelhas e máquinas de datilografia,
Se convier e o dinheiro der... Um “laptop” pop, pós-moderno!
Se eu fosse tão poeta, morreria mais um pouco, viveria mais um pouco, comeria mais um pouco, pararia mais um pouco, fuderia mais um pouco ( e repetiria, mais um pouco). Arregaçaria mais um pouco. E diria mais um pouco:
“CU é lindo!”***
E foda-se o mundo!
E eu diria tudo e mais O CARALHO A QUATRO!
Obrigado a quem teve paciência para este texto e muita fé na Poesia! Porque essa é uma profissão de fé!
Muita poesia neste mundo imundo mundo do mundo dentro (in) mundo mundo fora!
E "se eu me chamasse Raimundo, seria apenas uma Rima, não uma solução.
Mundo, mundo, vasto mundo, mais vasto é o meu coração."****
Amém por isso!
Ai ai, é tanta poesia que Deus benza viu!
E aí, o que acham, xingamentos e putárias poetias, existem?
Notinha de roda-pé vermelha:
*Clarice (>>>Altamente espetacular)Lispector.
**Manuel Bandeira.
***Adélia (>>>Linda-linda-linda-linda) Prado.
**** Carlos Drummond Andrade.
(>>>Linda-linda-linda-linda) Grifo meu!